sexta-feira, 15 de outubro de 2010

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Ela decidira que o iria odiar.
Ainda não o conhecera, não fazia a menor ideia de quem ele seria, mas já tinha decidido. Ia odiá-lo.
O ódio era a emoção com a qual se sentia mais segura.

Depois conheceu-o.

Ele não era nada de especial, e o problema era mesmo esse. Não era especialmente simpático, definitivamente não era especialmente bonito, era inteligente mas não de uma forma que se destacasse, tinham interesses em comum mas nem era assim tanto...
E no entanto havia qualquer coisa, qualquer coisa que ela não compreendia e que a fazia olhar para ele de uma forma diferente da das outras pessoas. Para ela, ele era qualquer coisa de especial.

Nem era muito parecidos. Ela era demasiado simpática e faladora para o seu próprio bem; ele era calado, discreto e não partilhava da vontade dela de agradar a todos. Talvez se complementassem.

Tinham sido apresentados por uns amigos comuns. Tinha sido tudo muito planeado, com muita parvoíce, tudo coisas que a irritavam profundamente. Ela não queria conhecer pessoas. Ela estava bem como estava. Ou achava que sim.

E não há nada que a enerve mais do que todas as suas tentativas para lhe chamar a atenção. Para que ele goste tanto dela como ela dele. A insegurança é uma sensação a que não está habituada. Mas tem a sensação de que agora vai passar a fazer parte da vida dela.



Não tem nada a ver comigo. Juro, haha. É só qualquer coisa para não dar a ideia de que morri. :x

1 comentário:

Quem quer saber? disse...

Antes de acabar de ler, ou melhor, durante a leitura pensei que era sobre ti, mas depois li o fim e fiquei com duvidas xD ahaha