Tédio.

1h10m da manhã e estou aqui parada em frente ao computador.
Mas não faz mal, porque me permitiu pensar. Pensar principalmente em como as coisas mudam, como coisas que podem ser tão simples como um jogo podem simplesmente já não fazer sentido, mesmo que ainda gostemos delas, só pelo simples facto de que o tempo delas já tenha passado; quer por ser demasiado imaturo quer por estar repleto de memórias, chegando a um ponto em que não faz sentido e já nem é realmente possível aguentá-lo.
Não me peçam para ser mais explícita. Não vou confessar de que é que estou a falar realmente; e sem o fazer nenhum de vocês o vai perceber. A única maneira de escrever aqui é com coisas abstractas que se podem mostrar sem sentido mas que para mim o têm e bastante.

Outra razão da minha relação amor-ódio com as férias. Memórias. As férias para mim são terrivelmente nostálgicas, pois foi nas férias que muitas coisas aconteceram. Então quando estou naquelas noites de verão, na biblioteca com a janela aberta, as luzes apagadas por causa dos mosquitos, só o monitor do computador como iluminação e a lua a brilhar lá fora... São noites estranhas e que me lembram de tanto e de nada ao mesmo tempo... Lembro-me de falar com pessoas importantes online, mas não me lembro quem; ou talvez até me lembre, mas estou completamente perdida no tempo.

Não interessa. Nada disto interessa. Mas talvez seja para isto que sirva um blog. Sempre tenho mais incentivo para escrever do que num diário - num diário não há interacção, somos nós connosco próprios e sempre com a mesma rede de pensamentos.
Mas que importa, mesmo?
Adeus.